Durante a primeira república (1889-1930) , a agro exportação do café constituiu a principal fonte de divisas do Brasil. O grande poder econômico dos cafeicultores transformava-se em poder político, fazendo com que a produção do café se tornasse um problema nacional e favorecendo acordos que beneficiavam o comércio de exportação. Em 1906, diante da crise que derrubava os preços do café , o Convênio de Taubaté estipulou uma política de valorização do produto , estabelecendo a compra dos excedentes pelo governo . a fim de garantir um preço mínimo. Era a política da socialização dos prejuízos. Outros produtos ganharam destaque no período , como o cacau , na Bahia , e , especialmente , a borracha , na Região Amazônica .
De fato , a partir de 1890 , o mercado internacional de bicicletas e veículos impulsionou a produção de borracha no Brasil . Entre 1898 e 1910 , ela chegou a ocupar o segundo lugar nas exportações nacionais. Para a Região Amazônica , foi uma "era dourada". Belém e Manaus passaram a contar com bondes , telefone , água encanada , iluminação elétrica , palácios e teatros luxuosos. A partir de 1910, com a introdução de mudas de seringueira no sudeste da Ásia por ingleses e holandeses , o produto brasileiro sofreu uma forte concorrência e entrou rapidamente em declínio . Na falta de uma maior diversificação , a economia da região entrou em crise. Com o avanço da imigração estrangeira , a atividade industrial brasileira também ganhou força na virada do século XIX para o XX. Tratava-se , todavia , de um desenvolvimento industrial incipiente e muito dependente da agro exportação . Ainda não havia uma política de estímulo à industria nacional. Vantagens Alfandegárias e a mão de obra barata serviam de atrativos para o capital externo , que dominava os setores de seguros , navegação , bancos e energia elétrica . Concentrada essencialmente no Rio de Janeiro e dando seus primeiros passos em São Paulo , a indústria nacional estava basicamente restrita às áreas têxtil e alimentícia.
