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As Rebeliões Militares


Um dos indicadores da crise política dos anos 1920 era a insatisfação militar, exprimida pelas diversas rebeliões contra os desmandos da política da época. Na ausência de partidos políticos de âmbito nacional, jovens oficiais, tenentes e capitães se indispunham com o governo republicamo , pregando uma maior moralidade política e administrativa. Mais tarde, esse movimento ficou conhecido como Tenentismo. A situação se agravou desde que Epitácio Pessoa nomeou civis para os ministérios militares. Em 1922, cresceu ainda mais a oposição dos militares à candidatura de Artur Bernardes, a quem foi atribuída de cartas - inverídicas- que insultavam a honra militar. Nesse ano, com o fechamento do Clube Militar e a prisão do Marechal Hermes Da Fonseca , eclodiu a revolta que ficou conhecida como "Os 18 do Forte de Copacabana" , na qual alguns militares resistentes perderam a vida. Ao lado das acirradas disputas políticas ao interior dos Estados, o descontentamento dos tenentes com os destinos da república lavaram à eclosão de revoltas no Rio Grande do Sul, em Sergipe , no Mato Grosso, no Amazonas e em São Paulo, entre 1923 e 1924 . São Paulo ficou 19 dias nas mãos dos rebeldes. Diante do cerco impostos pelas tropas legalistas, os revolucionários remanescentes se dirigiram ao sudoeste do Paraná, onde juntaram suas forças às das tropas rebeldes do Rio Grande do Sul, formando uma coluna chefiada pelos capitães Miguel Costa (1885-1959) e Luís Carlos Prestes (1898-1990). A partir dali, durante mais de dois anos, Coluna Prestes promoveu uma grande marcha pelo interior do Brasil, a fim de propagar os ideais revolucionários. Com uma ousada concepção de tática e estratégia militar, mas sem um objetivo político concreto, em 1927, a Coluna Prestes se autoexilou na Bolívia. Mais tarde , a Coluna e seu liderou tornaram-se mitos nacionais, especialmente , após a publicação da obra Cavaleiro da Esperança, do Escritor Jorge Amado. Signo da insatisfação de parte das camadas urbanas com o regime oligárquico, as rebeliões militares também refletiam a revolta de seus agentes, com aviltamento do soldo militar , e a posição inferior ocupada pelo exército no aparelho do Estado. Nesse sentido, sua luta expressava a defesa de um papel político especial para o exército brasileiro, que devia agir , em última instância , como árbitro e salvaguarda da sociedade. Grande parte desses militares tornou-se parceira das oligarquias dissidentes tanto na atuação do Partido Democrático quanto na composição do governo, a partir de 1930.