Se a fotossíntese depende de vários fatores , qual deles, num determinado momento , é responsável pela taxa ou rendimento total do processo? Torna-se necessário agora introduzir o conceito de fator limitante. Ele é o fator que, num certo instante, existe em menor quantidade do que os demais. De nada adiante para uma planta estar sob ótimas condições de luz e temperatura se a quantidade de CO2 disponível for muito baixa. Nesse caso , o CO2 limitará o rendimento da fotossíntese. No momento em que aumentarmos sua disponibilidade , até um certo valor , esse rendimento aumentará. Numa outra situação , se uma planta estiver em ótimas condições de temperatura e CO2, mas exposta a baixa intensidade luminosa, ela terá baixo rendimento de fotossíntese ; nesse caso, a luz é o fator limitante. Observe que na intensidade luminosa zero, a taxa de fotossíntese também é zero. O aumento da luz aumenta o rendimento do processo. No trecho A da curva, a luz é um fator limitante , e uma prova disso é que, aumentando-se sua intensidade , a fotossíntese também aumenta. Porém, da intensidade luminosa 1 em diante , o processo não aumenta em rendimento; isso é sinal de que outro fator passou a ser insuficiente (limitante). Podemos então afirmar que a velocidade de qualquer processo biológico , num dado instante, dependerá do seu "ponto mais fraco", ou seja, do fator que é limitante naquele momento. Na natureza, dependendo das condições em que a planta vive, determinado fator poderá ou não ser limitante. Em plantas aquáticas, frequentemente a luz é o fator limitante, especialmente a partir de cera profundidade. O mesmo ocorre com vegetais que vivem nos estratos mais baixos das florestas tropicais. Em plantas do deserto , a água pode ser um fator limitante para o crescimento ou a germinação. No caso de plantas terrestres , muitas vezes é a baixa taxa de CO2 no ar que limita a velocidade de fotossíntese.
